By Lívia Gonzalez – A hora e a vez das “marcas-comunidades” – O marketing de comunidades como estratégia para alavancar as marcas mostra-se um agente transformador que algumas empresas vêm escolhendo para construir sua estratégia de mercado.
Que o mundo mudou a gente já está cansado de ouvir. O termo ‘novo normal’ então, já está ultrapassado. O que está no cerne da questão dos novos tempos são as relações humanas; que foram completamente transformadas, principalmente nos últimos dois anos.
Mudamos a forma de nos relacionarmos com a nossa casa – já que passamos muito mais tempo dentro dela, com o nosso trabalho – que ficou remoto, com os nossos amigos – que já não vemos com a mesma frequência, com o tempo – que parece ter adquirido um novo ritmo. Mas, o que foi transformado particularmente, de modo bastante intenso e significativo, foi a forma como nos relacionamos com o consumo e consequentemente com as Marcas.
Os consumidores passaram a “ditar” as tendências de consumo compartilhando ideias, desejos e hábitos que fizeram com que as marcas transformassem suas formas de se apresentar e vender. As empresas buscam agora serem influenciadoras digitais e, para isso, vem criando comunidades de consumidores que opinam, influenciam, tem voz. As marcas querem ouvir antes de vender. Caso da startup Sallve que faz o caminho inverso e considera os consumidores como co-criadores dos produtos. Desta forma, tudo começa na comunidade, ouvindo e atendendo aos membros. Isso tudo de maneira muito fácil e fluida.
Outro exemplo de marca como comunidade ou comunidade como marca é a Goop, empresa fundada pela atriz Gwyneth Paltrow, com o intuito de ser uma desbravadora de tendências no que diz respeito a bem-estar, moda sustentável, experiências diferenciadas, alimentação, estilo de vida e viagens. De um blog passou a ser um e-commerce das marcas que acreditava que davam fit com seus valores, para criar sua própria linha de cosméticos, depois vestuário etc., etc, tornando-se uma marca forte com uma comunidade leal e participativa. Tudo isso também aconteceu de forma natural e orgânica.
Outra marca/comunidade que está surfando está onda é a ‘Steal the Look’ + ‘Push’ que começou como uma comunidade, mas faz inúmeras collabs com outras marcas para comercialização de produtos.
As empresas estão percebendo que precisam ser como espelhos dos consumidores, buscando diálogo para conhecer verdadeiramente a sua comunidade. Isso se dá através das redes sociais e principalmente através de pesquisas. A comunicação, agora, é uma via dupla.
Falando de marcas, sabias são aquelas que farão um match no crush com as comunidades, gerando assim um modelo de negócio sustentável. É possível construir o mundo de uma marca através de seus consumidores e da comunidade.
Como diria ‘Goop’: Read, listen, watch, shop!
A hora e a vez das “marcas-comunidades” – Lívia Gonzalez
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